sábado, 28 de maio de 2016

Quadrinho Jarbas e material referencial.

Saudações,

Viemos por meio deste artigo publicar o material didático referente ao "abandono de espécies de estimação exóticas e seus impactos". Contextualizado no âmbito de trabalho da Secretaria do meio ambiente do estado e com o apoio do Instituto Hórus, acadêmicos da Unespar - Campus de Paranaguá confeccionaram a história em quadrinhos: "Jarbas, a tartaruga".

O enredo conta a história de Jarbas, uma tartaruga tigre d'água que foi comprada por Carlos, uma criança entre 8 à 10 anos de idade. Com o passar do tempo o animal se desenvolve e seus pais, incomodados com a tartaruga, resolvem abandoná-la, porém Carlos vai nos ensinar o quão irresponsável (e ilegal) essa atitude apresenta ser.

Tem como objetivo servir como material de apoio na educação ambiental, conscientizando crianças de 7 à 10 anos de escolas públicas sobre os impactos causados no meio ambiente referente a prática do abandono de espécies de estimação exóticas.

Sobre a tartaruga Tigre d'água

Trachemys dorbigni, conhecida popularmente como tartaruga-tigre-d'água, tartaruga-tigre ou tartaruga-verde-e-amarela, é uma espécie de réptil da família Emydidae. Pode ser encontrada no Brasil (mais especificamente em Rio Grande do Sul), Uruguai e Argentina. Aquática e onívora, vive em zonas de pântanos, banhados, lagos, riachos e rios. No Rio Grande do Sul, habita principalmente a região da Lagoa dos Patos e o Banhado do Taim. O seu nome deve-se ao padrão colorido, em listras amareladas e alaranjadas.

Trachemys dorbigni (tartaruga-tigre-d'água)
A tigre d'água é um réptil da família dos quelônios, um animal de sangue frio que necessita do sol para se aquecer. Estas tartarugas vivem em regiões de lagos ou rios de águas lentas. O período de acasalamento na natureza acontece entre Abril e Julho. A desova estende-se de Agosto a Janeiro e a fêmea constrói buracos na terra para depositar seus ovos.

Esta espécie é considerada da fauna silvestre e uma das principais vítimas do comércio ilegal de animais. Sua posse e manutenção só são permitidas com a específica documentação, no caso a nota fiscal de compra (onde está explícito o nome popular e científico), informando o número do animal gravado na parte inferior do casco, o microchip (o animal não pode ser vendido sem microchip).

Legislação

É proibida a soltura desses animais na natureza, estando sujeito à penalidades previstas nas leis n° 6.938/81 e n° 9.605/98. Caso o proprietário não possa mais mantê-lo, a loja que efetuou a venda deve receber o animal a qualquer momento.

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Referência bibliográfica:

Ziller, S. R.; Zalba, S. M. Propostas de ação para prevenção e controle de espécies exóticas invasoras. Natureza & amp.: Conservação, v. 5, n. 2, p. 8-15, 2007.


Espécies exóticas invasoras

O que são espécies exóticas?

A Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) a define como toda espécie que se encontra fora de sua área de distribuição natural.

Porém ela só é considerada invasora quando esta ameaça ecossistemas, habitats ou espécies. Podem apresentar vantagens competitivas por estarem favorecidas pela ausência de seus predadores naturais e com isso acabam expulsando as espécies nativas de seu habitat, causando um grande impacto ambiental.

Espécies exóticas invasoras representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com enormes prejuízos à economia, à biodiversidade e aos ecossistemas naturais, além dos riscos à saúde humana. São consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade, após as perda e degradação de habitats.

Influência da ação antrópica

A destruição das barreiras biogeográficas por meio da ação antrópica provocou uma forte aceleração no processo de invasões biológicas. À medida que novos ambientes são colonizados e ocupados pelo homem, plantas e animais domesticados são transportados, proporcionando, para diversas espécies, condições de dispersão muito além de suas reais capacidades. Atualmente, graças aos meios de transporte aéreo, o fenômeno da dispersão de espécies ganhou velocidade e intensidade.

As espécies exóticas são transportadas de forma inconsciente, perdidas em meio a cargas de navios, caminhões ou até mesmo aviões, mas a maioria delas são trazidas de propósito com uma finalidade específica, sejam elas para fins ornamentais, econômicos, medicinais, etc.

Combate à invasão de espécies exóticas

O combate às invasoras, via de regra, é um procedimento complexo, custoso e sem resultados garantidos, fora o risco de efeitos adversos imprevistos. Houve um caso em que a introdução de uma espécie inimiga da invasora, numa tentativa de eliminar esta, resultou na espécie que só piorou o problema: a predadora ignorou a invasora e atacou as nativas mais abundantes e acabou por se tornar uma nova praga, responsável pela extinção de várias outras.

A prevenção das invasões ainda é a melhor medida, mas se ela não é mais possível a erradicação é a melhor alternativa, antes que o problema saia de controle. De acordo com o caso, pode ser que a erradicação de uma Exótica exija cooperação internacional.


Fonte(s):

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (Org.). Espécies Exóticas Invasoras. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biosseguranca/especies-exoticas-invasoras>. Acesso em: 28/05/2016.